Praticar uma atividade extracurricular é importante para crianças de todas as faixas etárias. Esse tipo de aula fora dos horários da escola regular garante a socialização dos pequenos, além de trabalhar habilidades motoras e cognitivas. Muitas vezes, elas podem até vir a ser úteis no futuro pessoal e profissional das crianças.
Mas, então, o que levar em consideração para fazer essa escolha? Afinal, são muito os fatores que precisam ser colocados na balança, certo? Pois é por isso mesmo que preparamos este texto.
A seguir, você confere quatro importantes dicas para não errar nessa decisão tão importante. Acompanhe até o fim, e boa leitura!
Considere as características pessoais da criança
Desde muito cedo, as crianças demonstram suas personalidades e temperamentos em diversas situações. Essas características pessoais são o resultado da complexa interação genética, social, ambiental e cultural em que elas estão inseridas. É por isso que um filho pode ser mais comunicativo, enquanto o outro é mais tímido, por exemplo.
Nesse sentido, cabe a você avaliar o que é melhor para o seu pequeno e entender como quer lidar com essas características. Pode ser que você queira “corrigir” algumas delas: uma aula de teatro pode ser útil para uma criança mais inibida, caso você avalie que isso pode prejudicá-la no futuro.
Ou, então, você pode decidir apoiar algumas dessas características: o mesmo exemplo da aula de teatro é válido para uma criança mais comunicativa, assim como um esporte de luta pode ser interessante para os mais ativos fisicamente.
Pense a longo prazo
Ninguém deseja sobrecarregar uma criança. Inclusive, já existem pesquisas que reforçam a importância do ócio e do tempo livre para estimular a criatividade dos pequenos. Ainda assim, algumas atividades extracurriculares podem ter um peso importante no futuro deles.
Como pai ou mãe, nunca é cedo para pensar no melhor para o seu filho, certo? Pois uma dessas atividades interessantes é o aprendizado de uma segunda língua. Quanto mais cedo se der o contato com outro idioma, maiores são as chances de fluência e de pronúncia mais próxima à nativa.
No mundo cada vez mais globalizado e conectado em que vivemos, o inglês lidera como língua universal, podendo trazer diversas vantagens pessoais, profissionais e acadêmicas ao futuro do seu filho. Então, já pensou em matriculá-lo em uma escola de idiomas?
Não se preocupe: para os menores, as aulas de inglês parecem mais uma grande brincadeira. A inserção de atividades lúdicas facilita esse aprendizado e pode acionar o motor do interesse por continuar aprendendo a língua ao passar do tempo. Para os mais crescidos, aprender inglês pode até melhorar o rendimento na escola regular!
Considere a faixa etária
De forma geral, uma atividade extracurricular traz mais benefícios do que sacrifícios à rotina da criança. Entretanto, elas precisam trazer prazer e proporcionar bem-estar.
Para garantir que isso aconteça, elas devem estar de acordo com a faixa etária do pequeno. Por isso, a seguir você conhece algumas das principais atividades indicadas para cada fase do seu filho.
Antes de 1 ano
Isso mesmo! É possível matricular o seu filho em cursos de natação e musicalização já a partir do seis meses de idade. De forma lúdica e sem cobranças com relação a aprendizados, os bebês podem se beneficiar cognitivamente da aula de música, enquanto a natação lhes oferece benefícios motores.
De 1 a 4 anos
Essa faixa etária é a ideal para iniciar os estudos em uma escola de idiomas. Nas turmas para toddlers, as crianças conseguem decifrar sons da língua inglesa e já podem dar suas primeiras palavras em inglês, o que favorece o bilinguismo.
De 4 a 8 anos
Outros esportes além da natação — como a dança ou mesmo atividades competitivas — podem ser inseridos a partir dos quatro anos de idade. Artes marciais, por exemplo, podem ser indicadas, desde que o local escolhido garanta a supervisão adequada.
A partir de 8 anos
Atividades que trabalham o senso de responsabilidade e trabalho em grupo e desenvolvem a autonomia já podem ser estimuladas nessa idade.
Aqui, a motivação da criança ganha ainda mais importância. Por isso, talvez seja a hora de abrir o diálogo para que ela escolha suas próprias atividades. E é sobre isso que falamos no tópico a seguir!
Converse com a criança
Não demora muito para que o pequeno consiga expressar o que ela gosta ou não gosta. Como dissemos, por volta dos oito anos de idade já é possível escolher atividades extracurriculares em conjunto com as crianças — que, afinal, são as mais interessadas e afetadas por essa decisão.
Se houver algum tipo de resistência com relação a uma atividade que você considere muito importante, experimente estabelecer um diálogo. Apresente as vantagens, mesmo que a longo prazo, das aulas que você está propondo. Argumente e peça para a criança explicar a falta de interesse também. Assim, talvez seja possível chegar a um meio termo, senão, trocar uma atividade por outra.
Vale ressaltar que estabelecer um relacionamento saudável e aberto ao diálogo desde cedo é fundamental para o amadurecimento do vínculo entre você e o seu filho. E, quando se trata da escolha de atividades extracurriculares, isso tem um peso ainda maior.
Aulas impostas podem ter uma carga negativa e deixar a criança desmotivada. Isso é possível de acontecer tanto por pura falta de interesse quanto por falta de capacidade de acompanhar as atividades propostas. O mais perigoso, no entanto, é quando isso acontece por causa de uma vontade frustrada de atingir expectativas.
Por isso, considerar e encorajar as habilidades e os gostos do seu filho nessa escolha pode ser decisivo para a criação e manutenção de uma boa autoestima e autoconfiança. Você sabe: nada supera a felicidade do seu pequeno ao fazer — e ser bem-sucedido — em algo que lhe dê prazer.
Enfim, além de administrar a rotina escolar, escolher uma atividade extracurricular pode ser exaustivo. Você, provavelmente, vai passar por essa situação mais de uma vez com o passar dos anos, especialmente se tiver mais de um filho. Então, para evitar essa sobrecarga, siga estas dicas — além, é claro, do seu coração! Afinal, ninguém sabe mais do que você sobre o que é o melhor para o seu filho.
E aí, gostou deste texto? Esperamos que ele tenha sido útil para você. Se foi, aproveite para compartilhá-lo em suas redes sociais para que outros pais, mães e responsáveis possam contar com essa ajuda!